Texto extraído do Liber Sacramentorum do Cardeal Schuster (1880-1954), um famoso liturgista, que pode esclarecer ainda mais a questão Una Cum no Cânon da Missa. As passagens relevantes foram por nós postas em negrito para os que desejam ir ao essencial 1
O Cânon começava, portanto, como agora, com o Te igitur. — Igitur é aqui, provavelmente, uma engenhosa palavra de transição, um pouco como o vere Sanctus dos galicanos, usada como se de alguma forma mantivesse a tradicional continuidade da prex (prece, N. do T.), — e toda a sua primeira parte, ut accepta habeas et benedicas, corresponde bem à primeira distinção observada no Cânon por Santo Agostinho: Orationes cum benedicitur. Além disso, há o referido texto do Papa Vigílio a Justiniano com ut catholicam fidem adunare, regere Dominus et custodire dignetur toto orbe terrarum, sendo retirado sem dúvida dessa primeira parte da anáfora romana, confirma a autenticidade da sua origem. Ademais, há mesmo um fragmento de um Prefácio antigo, citado por um anônimo ariano, publicado por Mai e ilustrado por Mercati2, que parece se relacionar — sem interpolação de qualquer triságio entre o Prefácio e o Cânon — com as primeiras frases da nossa oração Te igitur: “… sacrificium istud quod tibi offerimus… per Iesum Christum Dominum e Deum nostrum, per quem petimus et rogamus etc”.
Segue-se daí a menção ao Papa, una cum famulo tuo papa, etc. Que o Papa, em seu patriarcado ocidental, fosse geralmente mencionado na Missa, não há dúvida disso. A questão, porém, gira em torno do lugar original atribuído a essa comemoração no Cânon romano. Observe um texto de Pelágio I aos Bispos cismáticos da Toscana: “Como vocês podem crer que não estão excluídos da comunhão da orbe universal por causa da omissão do meu nome nos mistérios sagrados, não seguindo o costume de comemorá-lo?” 3
Nas Atas do Concílio Romano celebrado sob o Papa Símaco (498-514), também há menção à comemoração do Papa na Missa. Em discurso, Santo Enódio questiona os Padres da seguinte forma: “Quanto à questão dos veneráveis Bispos Lourenço (de Milão) e Pedro (de Ravena) terem sido afastados da comunhão do Papa, o senhor assim responde… por quanto tempo, então, ao celebrar a santa Missa, eles deixaram de comemorarem o nome dele? Será que esses Bispos, por sua própria vontade e contra os ritos e cerimônias católicas, ofereceram um sacrifício pela metade?” 4
Papa São Leão Magno também faz alusão ao rito de comemorar, na Missa, os mais ilustres Bispos com os quais se estava em comunhão: “Mas é muito injusto e inapropriado que eles misturem sem critério os nomes de Dióscoro, Juvenalis e Eustáquio com os nomes dos santos no altar sagrado” 5. Isso corresponde à carta dos Bispos egípcios ao Anatole de Constantinopla: “Mesmo no venerável díptico, no qual estão contidos os nomes dos Bispos de piedosa memória que foram ao Céu, lido no momento dos mistérios sagrados, de acordo com as regras sagradas, ele (isto é, Timóteo de Alexandria) insere seu próprio nome e o de Dióscoro” 6. Não devemos omitir outro texto de São Gregório Magno sobre esse mesmo costume: “E quanto ao mais… nomeiais nosso irmão e colega Bispo João da igreja de Ravenna na Missa solene, como o antigo costume vos exige… Uma investigação cuidadosa foi solicitada a fim de saber se o mesmo João… é nomeado por vós no altar, se ao menos isso tem sido feito. E se vós não nomeais o Meu nome, por algum motivo que desconheço, deveis vós realmente nomeá-lo” 7.
Um exame desses testemunhos nos mostra, sobretudo, o significado especial da comemoração do Papa no Cânon da Missa — que, para além de Roma e considerando todo o resto, aplica-se também aos nomes dos demais Bispos, com os quais cada prelado tiver uma relação especial. Essa comemoração pontifícia era bem diferente da dos dípticos dos ofertantes, recitados pelo Diácono, pois era proferida pelo próprio Celebrante antes de oferecer ao Senhor as oblações do povo. Para o Papa Pelágio I, omiti-la era se declarar fora da Igreja, e, para Ennodius de Pavia, era oferecer um sacrifício incompleto, um sacrifício pela metade. Tudo isso, portanto, leva-nos a concluir que o lugar, atualmente atribuído à menção do Papa no Cânon, é verdadeiramente característico e primordial, pois corresponde exatamente a tudo o que os antigos autores atestam. O texto, portanto, ficaria assim: quam tibi offerimus pro Ecclesia tua etc. toto orbe terrarum, una cum famulo tuo Papa nostro N., mas sem as palavras et omnibus orthodoxis etc., que representam um acréscimo posterior, específico de apenas uma classe de manuscritos.
Em seguida, segue-se o Memento, que nos leva diretamente à tão debatida questão dos dípticos. Esses dípticos, como já vimos ao analisar o testemunho do Papa Inocêncio I, eram precedidos por uma commendatio do Sacerdote e faziam parte do Cânon: “Portanto, as oblações devem primeiro ser oferecidas e, em seguida, deve-se mencionar os nomes a serem lidos, que devem ser nomeados dentro dos mistérios sagrados…, para que com eles se possa proceder com as preces desses mistérios” 8.
O Papa Inocêncio quer duas coisas aqui: que a commendatio do Sacerdote seja feita primeiro e que a leitura dos dípticos seja feita após a Consagração, inter sacra mysteria, a saber, no corpo do Cânon.
Até então, tomou-se por suposto que o Memento representa a forma de dípticos lidos pelo Diácono enquanto o Sacerdote continuava o Cânon com o communicantes. A hipótese é plausível, uma vez que em Alexandria a leitura dos nomes também precedia a Consagração, embora em todo o resto do Oriente, como em Roma na época do Papa Inocêncio I, as orações de intercessão sejam encontradas regularmente após a anamnese. No atual Cânon Romano temos uma espécie de acordo entre o uso alexandrino e o do Patriarcado de Antioquia, porquanto os dípticos dos vivos que o Diácono lê precedem a Consagração, enquanto os dos mortos são lidos no final da anáfora. No entanto, as duas orações de intercessão se desviam duma origem oriental comum e conservam os traços da duplicação a que foram submetidas quando, em Roma, quiseram recitá-las duas vezes para completar a lista dupla de comemorações dos vivos e dos mortos.
Mas como chegamos a essa duplicação? Podemos apenas arriscar suposições. Ao mencionar a Igreja Católica e o Papa, in primis quae tibi offerimus, outros nomes e outras recomendações secundárias devem logicamente se seguir. Sabemos, pelos textos citados anteriormente do Papa São Leão Magno, pelas cartas dos egípcios a Anatole e por São Gregório Magno, que um dos dípticos continha: “os nomes dos Bispos de piedosa memória que partiram para os Céus, que são recitados durante os Sagrados Mistérios, segundo as sagradas regras” 9. Ora, é nos communicantes que devemos procurar os vestígios dessa lista do Cânon Romano, especialmente porque nessa oração aparecem apenas os nomes dos primeiros sucessores de São Pedro, Lino e Cletus, que, na antiguidade, em Roma, não gozavam de nenhum outro culto especial.
A lista também deveria ser organizada com certa harmonia, e para isso, a fim de dar precedência a Pedro e Paulo, excluímos João Batista, que foi relegado a uma segunda lista, a dos Nobis quoque. O mesmo destino aconteceu com São Matias, que, de outra forma, teria alterado o número simbólico duodenal dos Apóstolos. Barnabé e Estêvão, que deveriam ter tido precedência sobre os primeiros Pontífices de Roma, também tiveram que se resignar a serem relegados ao Nobis quoque, de modo que a redação romana primitiva dos dípticos episcopais provavelmente deve ter sido organizada assim: primeiro a Santíssima Virgem, depois Pedro e Paulo seguido dos outros dez Apóstolos, depois Lino, Cleto, Clemente, Sisto, Cornélio, aos quais se acrescentam outros Mártires que acabaram alterando o caráter primitivo desses dípticos inteiramente episcopais.
Enquanto o Sacerdote comemora os Apóstolos e Papas falecidos, o Diácono começa a ler sua lista de leigos que fazem oferta, e assim ambos terminam ao mesmo tempo, donde há de começar a oração Hanc igitur.
No atual Missal Romano, por causa da inserção do Memento, Domine, outrora dípticos lidos pelo Diácono, o Communicantes permanece isolado e um tanto suspenso. Com efeito, essa é a lei de talião, uma vez que o Communicantes no Cânon Romano representa uma interpolação de origem oriental; mas, em todo caso, entre as orações Te igitur e Communicantes há uma conexão, e o particípio communicantes se baseia no verbo tibi offerimus que o precede, enquanto que, após a inserção do “Memento”, a oração que emoldurava — por assim dizer — os dípticos episcopais, permanece como que no ar e sem sustento. Mas há mais. O Communicantes, por sua vez, também sofre interpolações, graças às quais, de acordo com a tradição dos manuscritos, adquiriu cedo o caráter de uma peça em movimento, sob o título próprio de infra actionem; e isso por causa da famosa capitula diebus apta de que fala o Papa Vigílio, que variava a cada festa do ano.
Depois de tantos séculos, o Communicantes cumpre nobremente — mesmo hoje — a função de que falava o Pontífice ao Bispo Profuturus e, em dias de grande solenidade, anuncia em poucas palavras o objeto preciso da festa que se celebra. Às vezes, a fórmula dessa menção conserva as características de alta antiguidade, que nos induzem a buscar suas origens muito antes da Vigília; assim é para o dia da Epifania, onde, sem parecer levar em conta a tradição romana, que atribui ao Natal do Senhor o 25 de dezembro, diz-se, de acordo com o conceito primitivo da festa no Oriente: “… celebrando o dia santíssimo, no qual Vosso Unigênito, coeterno em glória contigo, apareceu verdadeira e visivelmente em um corpo de carne como o nosso” 10. O Sacramentário Gelasiano percebeu o anacronismo resultante dessa fórmula primitiva e quis corrigi-lo simplesmente adaptando-o à circunstância particular da aparição de Jesus aos Magos, mas esse retoque apenas enfraqueceu a força da antítese original, entre a pré-existência do Verbo, na glória do Pai desde toda a eternidade, e sua Epifania temporal, na realidade da humanidade que ele assumiu. No Sacramentário Gelasiano, a menção dos Magos representa uma meticulosidade especial do corretor, e faz com que se prefira mil vezes a vigorosa antítese primitiva, preservada pelo Sacramentário Gregoriano.
O atual Missal mantém suficientemente intacta a série cristológica dessas singula capitula diebus apta (ou seja, “cláusulas especiais adequadas ao dia”); no entanto, faltam as relativas às festas dos mártires, das quais, ainda segundo o texto da Vigília, commemorationem… eorum facimus, quorum natalitia celebramus (i.e., “Comemoração… fazemos daqueles cuja natividade (na vida eterna) celebramos”). No entanto, os autores antigos preservaram vestígios importantes dela, como, por exemplo, neste decreto do Papa Gregório III no Concílio romano de 732, onde ele ordena a adição da especial menção ao Cânon: “Comungando… nós e todos os Santos, também celebramos a natividade dos Vossos Santos, Mártires e Confessores, perfeitamente justificados, cuja solenidade celebramos hoje em Vossa presença” 11.
A ordem desses Capitula diebus apta era a seguinte: as solenidades do Senhor precediam a menção da Santíssima Virgem, como no atual Missal; a dos Mártires era então inserida no texto ou no final, precisamente como nos Communicantes do Papa Gregório III, citados anteriormente. O Papa Vigílio faz alusão a esses diferentes lugares ocupados pelas inserções hagiográficas, quando diz ao Bispo Profuturus que enviasse a ele o Cânon com os acréscimos da solenidade da Páscoa, a fim de mostrar a ele quibus in locis aliqua festivitatibus apta connectes (i.e., “em que ordem de conexão essas festas devem se suceder”).
Às vezes, porém, essa conexão é bastante estudada e artificial, e assim o caráter de interpolação é imediatamente revelado. O Communicantes às vezes permanece estranhamente suspenso dele, e se adapta muito mal tanto à capitula diebus apta quanto à lista dos Santos que se segue.
A ideia de estar em comunhão com o Papa e com o Bispo era muito habitual aos antigos. Esse é o significado usual e legal da palavra communicantes; estar em comunhão com os bem-aventurados no Céu, em cuja companhia todos, católicos e hereges, gostariam de se encontrar, ainda passa; mas uma frase como “… em comunhão com e celebrando o Santíssimo dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo apareceu aos Apóstolos como muitas línguas, e venerando primeiramente a memória da gloriosa sempre Virgem…” 12 é muito antinatural, estranha, e consequentemente mostra uma adaptação no texto. Devemos, portanto, concluir que a menção das solenidades, a capitula diebus apta do Papa Vigílio, que se resvala entre communicantes e memoriam venerantes, às vezes confundindo o significado, ou não são primitivas, ou exigem que talvez separemos o communicantes da lista de Santos, para testemunhá-la em nome do Papa com quem se estava em comunhão; ainda mais que o Cânon acrescenta: sed et memoriam venerantes, precisamente para tornar as duas concepções mais bem assinaladas, perfeitamente distintas uma da outra: tibi offerimus pro Ecclesia tua… una cum famulo tuo Papa nostro communicantes, sed et memoriam venerantes imprimis gloriosae, etc. Não devemos nos surpreender com o fato de que o nome do Papa aqui precede o da Mãe de Deus. A menção do Papa no Cânon visa garantir a ortodoxia do ofertante e integrar ex parte subiecti (subjetivamente), como diriam os escolásticos, sua ação sacerdotal — lembremo-nos do sacrifício pela metade de Ennodius, por ser desacompanhado do nome do Papa — enquanto ex parte obiecti (objetivamente), a primeira depois de Deus, em cuja honra é oferecido o divino Sacrifício, é Aquela que é bendita entre todas as criaturas. Ao fazer com que communicantes concordasse com o nome do Papa e o do Bispo diocesano, pronunciados como de costume, também se teria a vantagem de dar a esse particípio, provavelmente traduzido dum texto grego no qual tinha o papel de sujeito, o apoio de um verbo modal definido: tibi offerimus… communicantes, sed et memoriam venerantes; agora que não tem mais esse apoio, é, por essa razão, como se estivesse suspenso no ar.
Notas
- N. do T.: O referido texto do Cardeal Schuster foi traduzido do inglês e exposto aqui em conformidade com a reprodução feita em um artigo do Bispo canadense Pierre Roy, no qual o Bispo Roy tece alguns poucos comentários próprios, os quais omitiremos neste artigo a fim de mantê-lo o mais breve possível e sobretudo como um texto de uma autoridade eclesiástica, que é por si só suficiente para demonstrar o equívoco e a insuficiência das noções que os R&Rs disseminam hoje sobre o Una cum na Missa, disseminando comumente que a menção ao Papa na Missa é apenas uma oração intercessória em favor dele, e, entre os comentários tecidos pelo referido Bispo, há este conveniente resumo: o Cardeal Schuster pensa que a palavra “Communicantes” (nós comungando ou em comunhão) se refere ao “una cum fámulo tuo Papa nostro N. et Antístite nostro N.” (em união com o Vosso servo o nosso Papa N. e o nosso Bispo N.), pois de outro modo não há razão alguma para ela estar onde está. O problema é que o Memento dos vivos foi inserido entre as orações In primis e Communicantes. O Cardeal Schuster é da opinião que em algum momento o Memento dos vivos não era rezado pelo Sacerdote, mas sim por um Diácono. Portanto, o Sacerdote outrora dizia: “[…] estes sacrifícios santos e imaculados, nós Vo-los oferecemos antes de tudo por vossa santa Igreja católica […], comungando em união com (communicantes una cum) o Vosso servo o nosso Papa N. e o nosso Bispo N., com todos os Fiéis e todos os que professam conosco a fé católica e apostólica, venerando primeiramente a memória da gloriosa sempre Virgem Maria…”. ↩
- G . MERCATI, Antiche Reliquie liturgiche, Roma 1902. ↩
- PELAGII I, Epist. V; P. L., t. LXIX, col. 398. “Quomodo vos ab universi orbis communione separatos esse non creditis si mei inter sacra mysteria, secundum consuetudinem nominis memoriam reticetis?” ↩
- LABBE, Sacr. Conc. Nova Collectio, Venetiis 1767, t. VIII, col. 282. “Deinde pro quaestionum tormentis venerabilem Laurentium et Petrum episcopos a communione Papae se suspendisse replicatis… ullone ergo tempore, dum celebrarentur ab his sacra Missarum, a nominis eius commemoratione cessatum est? Unquam pro desideriis vestris, sine ritu catholico et cano more, semiplenas nominatim antistites hostias obtulerunt?” ↩
- LEONIS I Epist., LXXX; P. L.t LIV, col. 914-915 — É interessante notar que, uma vez que Dioscore, Juvenus e Eustathus não eram ortodoxos, São Leão Magno diz: “De nominibus autem Dioscori, Iuvenalis et Eustathii ad sacrum altare recitandis… iniquum nimis est atque incongruum eos… sanctorum nominibus sine discretione misceri”. ↩
- Cf. P. L., LIV, col. 1397 — “Etiam in venerabili diptycho, in quo piae memoriae transitum ad caelos abeuntium episcoporum vocabula continentur, quae tempore sanctorum Mysteriorum, secundum sanctus régulas releguntur, suum posuit et Dioscori nomen”. ↩
- GREGORII I Epist. 1. IV, ep. XXXIX ad Constantium Episc; P. L.t LXXVII, col. 714. “Quod autem… fratrem et coepiscopum nostrum Iohannem Ravennatis Ecclesiae inter missarum solemnia nominetis, requirenda vobis consuetudo antiqua est… Sollicite perquirere studui si idem Iohannes… vos ad altare nominet, quod minime dicunt fieri. Et si Me vestri nominis memoriam non facit, quae necessitas cogat ignoro, ut vos illius faciatis” ↩
- “prius ergo oblationes sunt commendandae, ac tunc eorum nomina quorum sunt edicenda, ut inter sacra mysteria nominentur…, ut ipsis mysteriis viam futuris precibus aperiam”. ↩
- “… piae memoriae transitum ad coelos abeuntium episcoporum vocabula continentur, quae tempore Sanctorum Mysteriorum, secundum sanctas regulas, releguntur”. ↩
- “… diem sacratissimum celebrantes, quo Unigenitus tuus in tua tecum gloria coaeternus, in veritate carnis nostrae visibiliter corporalis apparuit” ↩
- “Communicantes… et Omnium Sanctorum, sed et natalicium celebrantes Sanctorum tuorum Martyrum ac Confessorum perfectorum iustorum, quorum solemnitas hodie in conspectu tuo celebrator…” ↩
- “Communicantes et diem sacratissimum Pentecostes celebrantes, quo Spiritus Sanctus Apostolis innumeris linguis apparuit, sed memoriam venerantes imprimis gloriosae semper Virginis…”. ↩